A Seleção do Brasil possui certamente o elenco mais completo e talentoso entre os que se apresentam na Copa do Mundo 2018. Desde a traumática desilusão vivida em 2014, enquanto país sede, os companheiros de Neymar souberam reagir e Tite conseguiu completar o puzzle canarinho com qualidade. Se Alemanha e Espanha também são fortes candidatos, o Brasil é de facto o favorito na Rússia para a nossa redação.
Se durante largos meses a Alemanha, atual campeã do Mundo, recolhia a preferência da maiorias das casas de apostas, a poucos dias do começo da competição, o Brasil passou-lhe ligeiramente à frente. De facto, o domínio total da fase de classificação da zona América do Sul e os recentes jogos de preparação, acabaram com qualquer dúvida acerca do valor da Seleção Canarinho.
Campeã do Mondo em título, a Alemanha tem fortes hipóteses, segundo as melhores casas de apostas, de revalidar o título. Um feito só duas vezes alcançado na história da competição (Itália 34’ 38’ e Brasil 58’ 62’) e que não voltou a repetir-se há mais de meio século! Se como tal essa proeza tem poucas probabilidades de voltar a verificar-se, esta Alemanha é de facto uma máquina avassaladora, capaz - como sempre - de derrubar qualquer equipa, com um plantel riquíssimo e a continuidade do cada vez mais eterno, Joachim Löw. Frieza, eficácia, experiência e coletivo implacável, os argumentos germânicos chegam e sobram.
Se a seleção das Pampas reúne preferências suficientes para constar na 5a colocação entre os favoritos do Campeonato do Mundo 2018, para a maioria das casas de apostas, o seu real valor não deixa de ser totalmente desconhecido. A tal ponto que muitos veem em Messi a única esperança da Argentina, apesar de uma linha ofensiva completamente invejável. De facto, nem Aguero, Higuain, Dybala ou Di Maria conseguiram dar à Albiceleste a consistência desejada durante a fase de qualificação. Tanto, que a Argentina passou muito perto de uma embaraçosa “não-participação” no Rússia 2018! Não fosse Messi… De qualquer modo, tem qualidade individual mais que suficiente para ser a surpresa da prova, se todos se juntar em determinado momento.
À semelhança do que sucedeu com o Brasil, a Espanha foi subindo na cotação das casas de apostas, semana após semana, relegando a França para a 4a posição, para a maioria dos bookmakers. De facto, a Roja vai ter do provar ainda o seu retorno ao primeiro plano, depois de uma quebra brutal entre 2014 e 2016. No entanto, na caminhada até à Rússia, os Espanhóis já deram mostras de que já não andarão muito longe daquela hegemónica equipa que dominou tudo quanto havia, entre 2008 e 2012. Talento não falta a uma equipa que recuperou o seu futebol avassalador.
Depois de 2006, último ano em que foi um os principais protagonistas de um Mundial, a França parece ter finalmente encontrado os ingredientes que lhe faltaram durante uma década. De facto, no Campeonato Europeu de 2016, a receita esteve muito perto do efeito pretendido, perdendo apenas para Portugal na final. Contudo, a equipa gaulesa parece estar mesmo de regresso à elite mundial, faltando apenas alguns ajustamentos a completar, no meio de tantos jovens talentos, com que muitas Seleções sonhariam. Griezmann, Pogba, Mbappe, Lemar ou ainda Dembele, Varane e Umtiti, fazem da França uma das cilindradas a acompanhar de muito perto!
O inédito Campeão da Europa, consagrado em 2016, não se quer ficar por aqui! Se tal como no Euro, Portugal não chega com o estatuto de favorito, essa situação pode se converter uma vez mais na sua força. Sem a pressão que tal estatuto lhe teria conferido, a Seleção das Quinas encara o Mundial 2018 com uma base sólida e experiente. De facto 10 Campeões da Europa embarcam rumo à Rússia, acompanhados em jovens talentos a despontarem nos quatros cantos do velho continente, entre os maiores emblemas. E com o atual melhor jogador do Mundo, Cristiano Ronaldo, a Seleção Lusa pode tornar a sonhar alto! Se as sensações forem as melhores na fase de grupos, Portugal pode ir muito longe, e quiçá, chegar a Moscovo!
Com um grupo fantástico há vários anos, recheado de individualidades de grande calibre, a Bélgica conseguiu defraudar sempre as expectativas. Se a Copa do Mundo 2014 serviria de base para mais, no Euro 2016 confirmou-se que afinal ainda lhe falta algum item. No entanto, nem essa decepção fez recuar as casas de apostas na véspera do Campeonato do Mundo da Rússia. Desta vez, Hazard, Mertens, Lukaku, De Bruyne, Witsel ou ainda Meunier e Company, vão ter que fazer (muito) mais e melhor para se converterem verdadeiramente numa das nações mais temíveis do planeta. A expectativa envolta deste outsider é elevada, mas terá que ser justificar.
Os Ingleses chegam à Rússia com uma imagem muito semelhante àquela da Bélgica… seu rival no Grupo G! Isto a uma diferença de distância: aguarda-se pelo regresso da seleção de Três Leões ao primeiro plano, há mais de uma década! Jogadores de qualidade vão de facto pisar os relvados russos, ao serviço de sua Majestade. No entanto, com desilusões atrás de desilusões, poucos vêm nesta seleção inglesa argumentos suficientes para irem além dos quartos de final. Kane, Sterling, Dier, Ali, Rashford… todos jogadores de alto nível, que terão que dar o litro entre os meses de Junho e Julho. É que esta seleção inglesa carece inquestionavelmente da experiência de um grande líder dentro de campo, desde as retiradas de Scholes, Gerard ou Lampard por exemplo.